segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As coisas andam tão complicadas que eu nem tenho título para esse post. Pode parecer dramático (dramático demais até para MIM!), mas minha vida virou algo terrível! Eu simplesmente não sei mais o que esperar e como reagir quando certas coisas acontecem. Eu não sei se já aconteceu com alguém, mas eu basicamente estou entre o céu e o inferno: certo dia tudo parece estar correndo tudo bem, sem sustos ou tragédias, e, no outro, o jogo vira e eu não tenho mais chão.

Resumindo de uma forma longa: algumas semanas atrás eu - minha mãe, na verdade - comprei meu ingresso para o show dos Jonas Brothers (sim, eu gosto!). Imagine que você ama certa banda, ou cantor(a) ou qualquer outra coisa, e mesmo que você vá de arquibancada, fileira puta que pariu setor 666, você está feliz e otimista, porque você TEM que ganhar o sonhado meet & greet (traduzindo: conhecer e cumprimentar) para ver seus ídolos. Ótimo. É assim que eu me sentia. Pure bliss. Certos dias depois, meu calopsita de estimação (para quem não sabe, calopsita é uma raça de pássaro que pode ser muito muito dócil e adestrada) machucou a garra esquerda e a infeccionou (só um ps: essa palavra está certa? Meu google chrome acusa que há algo errado. :S) Pode parecer bobagem, mas para quem teve 4 pássaros mortos DO NADA em DOIS meses, qualquer coisa se transforma numa sangria desatada. OK, ele foi medicado e melhorou. UFA!

Viajamos no feriado de 7 de setembro. Deixamos o Georginho (olha, o nome é assim mesmo! Não zoem!) na casa de uma prima, já que eram 7 horas dentro de um carro com mais dois irmãos. Nossa, o feriado foi maravilhoso! Passei os dias em Santa Catarina com os meus primos, fui ao shopping, comprei um livro pela metade do preço... enfim, me diverti! Voltamos. Eu tinha prova de matemática no dia seguinte, e CLARO que eu estudei muuuuito durante o feriado (notem o sarcasmo)! Minha mãe me avisou que eu só iria no show se eu tirasse MAIS que SEIS na média. Para piorar, meu bebê tinha adoecido: gripe. EU SEI, parece um absurdo um PÁSSARO ter gripe, mas é a verdade. Foi medicado novamente, mas ele estava muito quieto, não assoviava (ele costumava assoviar o Hino do Palmeiras), só queria dormir, ficar encolhido.

A prova de matemática foi um show de horrores. Como eu não tinha estudado quase NADA, não sabia NADA, e não fiz praticamente NADA na prova. Beleza... as coisas começavam a piorar. A semana passou e o Georginho continuava na mesma. Sábado passado (não esse, o outro) ele melhorou, até saiu da gaiola (ele ficava solto) e ficou nos seguindo na casa. Nesse mesmo dia fui estudar para a prova de física na casa de uma amiga. Domingo foi terrível. Assim que eu acordei (cedo) percebi que havia algo diferente: minha mãe fazia meu bebê comer a comida dele, mas nada adiantava. Pronto, já fiquei terrivelmente preocupada. Os outros acordaram e verificamos que ele estava muito, muito doente. Minha mãe disse: "sei não... ele vai morrer."

Passei a tarde estudando física enquanto tentava esquecer o estado de saúde do meu bebezinho. Quando foi lá para 5 horas da tarde, eu, meus irmãos e minha mãe fomos visitá-lo no hospital veterinário. A espera foi agonizante. Quando o veterinário nos chamou, ele soltou a bomba na maior naturalidade: "Pensei que tinham informado vocês. O Georginho faleceu às 15h40min. Sinto muito." Eu entrei em estado de choque e não sabia se eu ria ou chorava. Escolhi por chorar, desconsolada, enquanto abraçava minha irmãzinha. Voltamos para casa abraçados, esperando o conforto da minha mãe.

Cheguei em casa e chorei.

Fiz a prova mais ou menos. Cheguei em casa e chorei (de novo). Chorei de novo, e de novo e de novo. À tarde, meu pai me levou para tomar Yogoberry no shopping, e mesmo com toda a tristeza, eu consegui rir e aproveitar o dia ao lado do meu pai (e chorar um pouquinho também). No outro dia recebi minha nota MARAVILHOSA de matemática A: 0,1 (de 2,5) - acho que só não zerei por dó do meu professor ogro!

Ai, vou parar por aqui, porque tá ficando tarde e eu não consigo continuar (as ideias não aparecem!)

Só para vocês saberem, pode parecer uma idiotice chorar a morte de um passarinho, mas não é bem assim. Ele era muito mais que somente um pássaro. Não consigo explicar em palavras o quanto ele significou e ainda significa para mim.

Até o próximo post,
Jade

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