quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Onde estão as flores?

A primavera chegou, e você se foi, levando consigo parte de minha alegria e as flores desta estação. Hoje, enquanto caminhava pela rua, não avistei nenhuma árvore colorida, mas me lembrei de você. Em cada esquina, em cada canto da cidade e dos pássaros eu te via novamente, te imaginava, te ouvia.

Por favor, volte.

Só não se esqueça de me trazer uma flor.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Be. Enjoy. Love. Illuminate. Earn. Viva. Experience.

I'm definitely not a princess living in a fairy tale, waiting for the prince charming to come rescue me with his white horse and his shiny silver sword. This is the real world, not Hollywood, with its fancy cars, fancy people and fancy money.

I'm only an ordinary girl taking two steps at a time while I try not to stumble down and face the ground.

So I only hope for something else to happen.

be who you want to be
enjoy the time you have
love intensely
illuminate your own path
explore the world
viva la vida*
experience new things


(The ideas were taken from Taylor Swift's song - White Horse, but the text is mine)

*Sorry if it's too cliché, but I ran out of ideas.

Mudanças...

Elas vão ocorrer.




Ou senão... adeus.




É, elas vão ocorrer.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ego (defeitos do meu eu-interior)

Oi, meu nome é Jade e eu sou uma garota irritante, barulhenta, meio mal-humorada e chatinha. Não é que eu GOSTE de fazer escândalo, mas eu sou tão pavio-curto que me estresso (e estresso os outros, claro) e grito sem ao menos perceber. Muitas vezes até eu mesma me odeio e não me aguento...

Adeus, Jade, vou tirar férias deste seu lado negativo e explosivo.

Tic... Tac... Tic. Tac. Tic tac tictactictac.

Sou como uma bomba. Cuidado para não me acender.

Chatice

Meu pai está me tratando feito uma idiota DE NOVO. É assim: ele só fala comigo quando for necessário, e só responde de forma curta e seca. Ai, isso está me matando de ódio, raiva e peso na consciência (mas isso é outra história que eu não quero lidar agora)!

PAAAAAAAAAAI, PELO AMOR DE DEUS, FALE O QUE EU FIZ DE ERRADO DESSA VEZ! E PARE DE ME IGNORAR, PORQUE ISSO MACHUCA!!! ¬_¬'

Eu sei que ele nunca vai ver isso u_u

Argh

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

As coisas andam tão complicadas que eu nem tenho título para esse post. Pode parecer dramático (dramático demais até para MIM!), mas minha vida virou algo terrível! Eu simplesmente não sei mais o que esperar e como reagir quando certas coisas acontecem. Eu não sei se já aconteceu com alguém, mas eu basicamente estou entre o céu e o inferno: certo dia tudo parece estar correndo tudo bem, sem sustos ou tragédias, e, no outro, o jogo vira e eu não tenho mais chão.

Resumindo de uma forma longa: algumas semanas atrás eu - minha mãe, na verdade - comprei meu ingresso para o show dos Jonas Brothers (sim, eu gosto!). Imagine que você ama certa banda, ou cantor(a) ou qualquer outra coisa, e mesmo que você vá de arquibancada, fileira puta que pariu setor 666, você está feliz e otimista, porque você TEM que ganhar o sonhado meet & greet (traduzindo: conhecer e cumprimentar) para ver seus ídolos. Ótimo. É assim que eu me sentia. Pure bliss. Certos dias depois, meu calopsita de estimação (para quem não sabe, calopsita é uma raça de pássaro que pode ser muito muito dócil e adestrada) machucou a garra esquerda e a infeccionou (só um ps: essa palavra está certa? Meu google chrome acusa que há algo errado. :S) Pode parecer bobagem, mas para quem teve 4 pássaros mortos DO NADA em DOIS meses, qualquer coisa se transforma numa sangria desatada. OK, ele foi medicado e melhorou. UFA!

Viajamos no feriado de 7 de setembro. Deixamos o Georginho (olha, o nome é assim mesmo! Não zoem!) na casa de uma prima, já que eram 7 horas dentro de um carro com mais dois irmãos. Nossa, o feriado foi maravilhoso! Passei os dias em Santa Catarina com os meus primos, fui ao shopping, comprei um livro pela metade do preço... enfim, me diverti! Voltamos. Eu tinha prova de matemática no dia seguinte, e CLARO que eu estudei muuuuito durante o feriado (notem o sarcasmo)! Minha mãe me avisou que eu só iria no show se eu tirasse MAIS que SEIS na média. Para piorar, meu bebê tinha adoecido: gripe. EU SEI, parece um absurdo um PÁSSARO ter gripe, mas é a verdade. Foi medicado novamente, mas ele estava muito quieto, não assoviava (ele costumava assoviar o Hino do Palmeiras), só queria dormir, ficar encolhido.

A prova de matemática foi um show de horrores. Como eu não tinha estudado quase NADA, não sabia NADA, e não fiz praticamente NADA na prova. Beleza... as coisas começavam a piorar. A semana passou e o Georginho continuava na mesma. Sábado passado (não esse, o outro) ele melhorou, até saiu da gaiola (ele ficava solto) e ficou nos seguindo na casa. Nesse mesmo dia fui estudar para a prova de física na casa de uma amiga. Domingo foi terrível. Assim que eu acordei (cedo) percebi que havia algo diferente: minha mãe fazia meu bebê comer a comida dele, mas nada adiantava. Pronto, já fiquei terrivelmente preocupada. Os outros acordaram e verificamos que ele estava muito, muito doente. Minha mãe disse: "sei não... ele vai morrer."

Passei a tarde estudando física enquanto tentava esquecer o estado de saúde do meu bebezinho. Quando foi lá para 5 horas da tarde, eu, meus irmãos e minha mãe fomos visitá-lo no hospital veterinário. A espera foi agonizante. Quando o veterinário nos chamou, ele soltou a bomba na maior naturalidade: "Pensei que tinham informado vocês. O Georginho faleceu às 15h40min. Sinto muito." Eu entrei em estado de choque e não sabia se eu ria ou chorava. Escolhi por chorar, desconsolada, enquanto abraçava minha irmãzinha. Voltamos para casa abraçados, esperando o conforto da minha mãe.

Cheguei em casa e chorei.

Fiz a prova mais ou menos. Cheguei em casa e chorei (de novo). Chorei de novo, e de novo e de novo. À tarde, meu pai me levou para tomar Yogoberry no shopping, e mesmo com toda a tristeza, eu consegui rir e aproveitar o dia ao lado do meu pai (e chorar um pouquinho também). No outro dia recebi minha nota MARAVILHOSA de matemática A: 0,1 (de 2,5) - acho que só não zerei por dó do meu professor ogro!

Ai, vou parar por aqui, porque tá ficando tarde e eu não consigo continuar (as ideias não aparecem!)

Só para vocês saberem, pode parecer uma idiotice chorar a morte de um passarinho, mas não é bem assim. Ele era muito mais que somente um pássaro. Não consigo explicar em palavras o quanto ele significou e ainda significa para mim.

Até o próximo post,
Jade

terça-feira, 24 de agosto de 2010

This is my town, this is my city...



... through my eyes it looks so pretty. This is my town, this is my city now. (This is my city - Timothy Victor)
Martha (my only follower ^^) and an amazing blog has inspired me to take pictures of where I live :D
City: São Bernardo do Campo - SP; Brazil
What this is: the beloved sight in front of my window. Well, that's what you get when you're from a big city: buildings, buildings and more buildings! And do you know what the funniest part is? I absolutely love every nasty, greyish part of it!

Sooo, what do you all think? Yay or nay?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Melancolia

Lá fora está aconchegante. Não há estrelas, mas eu já estou acostumada com meu céu azul-poluição. Hoje é noite de lua cheia (ela estava dourada e enorme mais cedo), e o tempo está ameno - parece uma daquelas sextas-feiras de verão inesquecíveis, que me faz filosofar e pensar na vida. E isto me remete à minha viagem.

Eu e minha família fomos à Pousada do Rio Quente, que fica em Caldas Novas - GO. Passamos 4 dias incríveis nadando, nos queimando com o sol e comendo - hoteis e suas mesas fartas que fazem engordar! A Pousada não tem NADA de pousada, só para deixar bem claro: é um hotel lindíssimo, localizado ao redor de diversas piscinas de água quente naturais e um parque aquático 100% aquecido tanto naturalmente quanto artificialmente. Apesar de toda a diversão, o requinte e a beleza do lugar, o que mais me "abalou" emocionalmente foram as lembranças que eu tenho de lá. E o céu.

Nós estivemos lá há 8 anos, e voltar para um lugar que me traz na memória uma boa parte de minha infância (eu estive lá aos 2, 6, 8 e agora aos 16 anos) foi bom. Muito bom. E até um pouco... melancólico. Eu via minha irmãzinha brincar no sapo-escorregador, no castelo-escorregador, no chuveiro em forma de canudo de doce e na cachoeira-cogumelo e eu me lembrava de quando eu tinha a mesma idade e estava na mesma posição que ela: o sapo lembrava um monstro assustador, o castelo estava mais para uma fortaleza enorme e indestrutível, e tudo parecia tão mais alto e imponente. Três dias atrás eles não passavam de brinquedos para crianças.

O céu.

Como aquilo é lindo, surpreendente e... divino! Eu me sentia no Paraíso todas as vezes que olhava para cima enquanto nadava nas águas mornas e via um manto preto coberto por milhões de pontos prateados. Minha mãe ficava ao meu lado e apontava a Estrela Dalva (Vênus), as Três Marias e o Cruzeiro do Sul (dá para perceber que não sabemos muito de Astronomia), e eu me encantava cada vez mais. É triste admitir que a última vez que eu vira algo parecido foi no carnaval desse ano, no litoral norte de SP (minha mãe até viu uma estrela cadente, mas eu não estava por perto na hora!). Infelizmente a lua não estava cheia para completar o visual, mas não tem problema.

Então fikdik: quando vocês forem viajar para algum lugar fora do estado, pensem BEM na Pousada do Rio Quente. E mais uma coisa: se possível, se hospedam no próprio hotel Pousada ou no Hotel Turismo (também faz parte do complexo) e não nos da redondeza. Vale a pena, porque você pode ir a pé para o Parque das Fontes (espaço com as piscinas naturais abertas 24h por dia) e para o Hot Park (parque aquático), além de ficar no hotel onde tem de tudo - e é lindo! Infelizmente não foi dessa vez que nos hospedamos lá, mas quem sabe numa próxima?

OK, vou embora porque preciso dormir!!!

Beeijos e até o próximo post,
Jade

domingo, 22 de agosto de 2010

Para um certo alguém

Querido alguém,
você é ridículo. Eu odeio seu machismo, seu preconceito desnecessário e tradicionalmente presente na sua família de esnobes. Você não é melhor do que ninguém. E mais uma coisa: quando eu estiver na minha cama de casal king-size, observando os esquilos do Central Park após ter terminado mais uma matéria da Vogue, da People ou de qualquer outra revista importante, eu me lembrarei de você. E eu simplesmente vou ligar a TV e vou rir.

Com amor,
Jade.



Hehe, peguei pesado, né? Ah, mas nem ligo: eu queria desabafar mesmo!

Beeijos e até amanhã (prometo que conto um pouco da minha viagem para Caldas Novas)

PS: eu recebi algumas visitas de alguém do Guarujá *-* Mas eu juro que não conheço ninguém de lá HUASHUA, por isso gostaria que essa pessoa desse um oi pra mim :D (só se quiser, claro!)

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Obras do colegial

Você é o tipo de garota que estudava na mesma escola há oito anos, mas nunca fez amizades sólidas e duradouras. Pensando bem, você nunca fez amigos. Você é aquela menina quieta e solitária, que jamais levantou a mão para perguntar algo importante, e só fala um singelo “Eu” na hora da chamada (quando você não tem a sorte de ser vista pelo professor e apenas levantar a mão, indicando a presença). Você abre a boca seis vezes por dia, e isto já é uma tortura emocional.

Em casa, a solidão é a mesma: sua mãe trabalha fora o dia inteiro, e como você não tem irmãos para poder irritar, brigar ou pedir ajuda, você passa as tardes trancada no quarto estudando. Apesar de ser uma rotina entediante e um pouco depressiva, vale à pena: suas notas estão finalmente subindo, mesmo que certas imagens assustadoras e bem nítidas invadam seu sono à noite.

Por falar em escola, sua mãe e seu pai decidem que será melhor para você se houver uma mudança de ares – isso quer dizer adaptação, e adaptação significa pesadelo. Após dois meses tranquilos de férias, fevereiro chega e você não está nem um pouco animada com o fato de encarar centenas de adolescentes novamente. A boa notícia: eles não te conhecem. Mas afinal, isso seria realmente uma notícia? Você é tão discreta em ser você mesma que você poderia faltar uma semana na escola sem que ninguém notasse seu desaparecimento; e que se a professora ou o professor perguntasse para a classe: “Alguém sabe o que aconteceu com a Mariana?”, os alunos não saberiam responder, afinal, tem alguma Mariana na nossa sala?

Você gostaria de ter mais companhia. Não precisa ser um irmãozinho, mãe, um cachorrinho está bom. Sem você saber, seus pais conversam sobre o assunto e dois dias depois seu pai volta do trabalho segurando uma pasta de couro preto em uma mão e um delicado saco plástico na outra. O minúsculo peixe dourado nadando desnorteadamente no claustrofóbico espaço artificial é mais delicado ainda, e você o coloca com muito cuidado em um recipiente de vidro que sua mãe deixou você usar. Você observa Peixinho, e seus olhos quase brilham de contentamento. Ele não faz barulho, nem interage com o resto do mundo, mas ele é especial de alguma forma.

Você não consegue segurar as lágrimas quando Peixinho morre, um dia depois de tê-lo ganhado. Você se questiona se ele comeu muita ração ou se ele já estava doente antes, mas não importa mais: Peixinho foi embora, e, tirando você, ninguém liga. Sua mãe diz que não faz mal chorar, todos se sentem tristes de vez em quando; e, querida, essa raça é muito fraca, dura pouco tempo. Mas é só um peixinho, né? Realmente, apenas um peixinho.

A escola nova é estranha, barulhenta... Você estava acostumada com trinta pessoas (no máximo) em uma classe, e dez a mais faz a diferença. A primeira coisa que você nota quando pisa na sua sala de aula – três dias depois que o resto dos alunos - é a divisão de grupos já formada. As carteiras do fundo estão ocupadas, então você se senta na primeira fileira, bem na frente da porta. As duas primeiras aulas voam como tartarugas, e você se sente mais que aliviada quando o estridente sinal do intervalo toca, por mais que você nem se esforce para se mover. Três garotas se materializam ao seu redor e começam a conversar com você, mesmo que você não fale nada. Elas parecem ser bem animadas, um tanto afobadas, mas você descobre que elas são divertidas, simplesmente normais, e isso é bom.

Um mês se passa desde que seu frágil animal de estimação morreu, e sua mãe compra um peixe Betta vermelho maravilhoso, como havia prometido antes. Você decide que será fêmea e que se chamará Lulu, mesmo o nome sendo um pouco babaca. A Lulu é linda e bem resistente, e ela dura muito mais que um dia. Você é tão forte quanto seu novo peixe, mas tão introspectiva quanto Peixinho, o falecido. Às vezes você sente falta dele, por mais que ele tenha ficado com você por pouquíssimo tempo, mas logo que você chega em casa e vê Lulu, a saudade vai embora.

Muitas pessoas odeiam escola, mas você não é como elas (em muitos sentidos), por isso você prefere passar a manhã anotando matérias ao mesmo tempo em que tenta apagar a imagem do seu pai bêbado da sua cabeça do que dividir a solidão com um peixe. Fazer duas coisas juntas não dá certo, e você logo se dá conta disso quando as palavras em seu caderno cor-de-rosa se confundem com as palavras proferidas por um certo alguém na noite passada. Você precisa chorar, mas demonstrar emoções na sala de aula é perigoso e constrangedor demais; e como você é muito tímida para pedir permissão para ir ao banheiro, você engole o choro e continua a escutar o que sua professora de biologia está explicando.

Seus colegas de sala te acham esquisita, quieta demais... mas você já está acostumada e, além do mais, eles não estão errados. Você odeia ser assim, mas não há outra opção.
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Ai que vergonha, meu Deus x_x é a primeira vez que eu mostro esse texto para alguém, e não sei o que vão achar - se houver algum comentário, claro. E eu demorei para dar sinal de vida porque meu estoque de criatividade tinha acabado. Tá, é isso.

Vou viajar amanhã e só volto a ter contato com a internet e com o mundo segunda-feira (espero que sim, pelo menos).

Beeijos,
Jade